“Termine cada dia e o dê por encerrado. Você fez o que pôde; algumas mancadas e absurdos começaram a acontecer: esqueça-os assim que puder. Amanhã é um novo dia; você o começará com serenidade e com espírito elevado demais para se embaraçar com antigas tolices”.
Ralph Waldo Emerson
O fenômeno que os psicólogos chamam de “ruminação autocentrada”, será um dos temas do post de hoje. Segundo Sonja, autora do livro A Ciência da Felicidade: “Pensar demais é cismar de modo desnecessário, passivo, infindável e em excesso, meditando sobre os significados, causas e consequências de seu caráter, sentimentos e problemas: “Por que sou tão infeliz?”, O que me acontecerá, se continuar a adiar o trabalho?”, “Estou tão desanimada por meu cabelo ter ficado tão fino”, “O que realmente ele quer dizer com essa observação?”, e assim por diante”.
Muitos de nós acreditamos que, quando nos sentimos cansados e debilitados, devemos tentar concentrar-nos no íntimo e avaliar nossos sentimentos e nossa situação, buscando alcançar a auto compreensão, além de buscar soluções para nossas questões. No entanto, segundo a autora, numerosos estudos das últimas décadas mostram que, ao contrário, cismar conduz a uma porção de consequências: piora a tristeza, estimula o pensamento negativo, prejudica a capacidade de resolver problemas, esgota a motivação, interfere na concentração e na iniciativa. Além disso, apesar das pessoas terem uma forte sensação de ter percepção intuitiva sobre si próprias e seus problemas durante as ruminações, de fato, isso raramente acontece. O que ganhamos, no fim, é uma perspectiva distorcida e pessimista de nossas vidas.
Como destaca Sonja, a combinação da ruminação com estado de espírito negativo é tóxica. Pesquisas mostram que, quando estamos tristes ou perturbados e entramos nesse ciclo de ruminação autocentrada, temos maior probabilidade de nos sentirmos acuados, impotentes, autocríticos e pessimistas. Além de termos maior dificuldade para nos concentrarmos no trabalho, em uma leitura ou atividade escrita; menos capacidade para resolvermos dilemas ou pequenos problemas do dia-a-dia; a famosa profecia autorrealizável, porque entramos num ciclo negativo; acabamos também nos tornando menos atraentes para nossos amigos e parceiros, que podem inclusive nos evitar. Tudo isso pode até mesmo nos levar para uma situação de perda da nossa auto-confiança, ou entrarmos em uma espiral de ansiedade clínica ou de depressão.
Alguns segredos para nossa felicidade, segundo estudos de Sonja, e que provamque cismar é muito ruim para nós:
Comparação Social
Em nossas vidas, acabamos sempre reparando em como nossos amigos, parentes e até mesmo personagens do cinema estão sempre mais alegres, mais ricos, mais saudáveis, mais atraentes do que nós. Pesquisadores mostraram que tais comparações podem até ser úteis, nos inspirando a lutar por objetivos maiores e para investirmos nas nossas oportunidades de desenvolvimento. As comparações sociais, também, podem fazer com que nos sintamos melhor em relação às nossas próprias dificuldades e limitações quando identificamos alguém que tem um caminho maior a percorrer. No entanto, na maior parte dos casos, as comparações sociais podem ser prejudiciais, pois podem levar a sentimentos de inferioridade, sofrimento, perda de auto-estima, sentimentos de culpa, necessidade de competir com a inveja e ressentimento dos outros, e o medo de ter o mesmo (ou pior) destino. Segundo Sonja, quanto mais comparações sociais fizermos, mais predisposição teremos de que elas sejam desfavoráveis; e quanto mais sensível formos às comparações, maior a probabilidade de sofrermos as consequências negativas.
O que fazem as pessoas mais felizes:
1. Usam seus próprios modelos internos para julgar a si próprios (por exemplo, como me sinto bem quando estou na aula de matemática, cozinhando ou conversando), ao invés de deixar os desempenhos dos outros influenciarem seus sentimentos sobre si mesmos (sem cair em armadilhas de pensamentos como: ela é mais instruída do que eu, portanto, devo ser medíocre).
2. Sentem prazer com os sucessos das outras pessoas e demonstram preocupação diante dos fracassos dos outros.
3. Quanto mais feliz a pessoa é, menos presta atenção em como os outros a seu redor estão se saindo.
Como se livrar das comparações sociais:
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