Rudolf Steiner
“O ideal é que tivéssemos a vontade do colérico, a profundidade
do melancólico, a leveza do sanguíneo e o ritmo do fleumático.”
Se pararmos para refletir sobre a complexidade do ser humano, percebemos que um dos maiores mistérios da humanidade é o próprio ser humano. A cada encontro especial que temos na vida, podemos nos indagar sobre o quão semelhantes e ao mesmo tempo quão diferentes somos uns dos outros.
Se olharmos para a vida sob o ponto de vista de que nossa história é composta por encontros, seja na família, na escola, no trabalho, durante nossos deslocamentos, nos nossos momentos de diversão e lazer, enfim, em todas as esferas da nossa vida. E, se aprofundarmos essa reflexão compreendemos o quão complexo é entender os mais variados aspectos das pessoas com as quais nos relacionamentos, principalmente àquelas com as quais mais interagimos para realizar o que temos interesse para nós e para o mundo.
Quando observamos os seres humanos em geral, e o que há de único e específico em cada um podemos perceber que há muitas coisas semelhantes na humanidade como um todo. Uma dessas semelhanças é o que se nomeia temperamento.
Há registros de estudos sobre os temperamentos desde a Grécia antiga, nos quais há uma relação dos quatro elementos da natureza (fogo, ar, água e terra) aos tipos básicos de “tempero” do comportamento humano.
No fim do século XIX e início do século XX, o cientista e filósofo austríaco Rudolf Steiner aprofundou esses conhecimentos, tendo desenvolvido grandes contribuições nas áreas médica, pedagógica e terapêutica.
Esses temperamentos, segundo a Antroposofia de Rudolf Steiner são classificados em: colérico, sanguíneo, fleumático e melancólico.
Nos próximos posts vamos descrever cada um desses temperamentos que existem em todos em nós. Pela Antroposofia, temos em maior ou menor grau, um temperamento dominante ou mais evidente, seguido de perto por um segundo temperamento e depois por um terceiro, sendo o quarto, praticamente imperceptível.